quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Midiatrix Revelations
Parabens para quem fez esse video...
Caso do assassino do litoral
por Rosanne D'Agostino
O Órgão Especial do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) decidiu, por 16 votos a 15, manter a decisão do Conselho Superior da instituição que já havia garantido, em março, o vitaliciamento do promotor Thales Ferri Schoedl, acusado de matar um rapaz e ferir outro na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo.
Com a decisão, que revoltou os familiares, ele mantém o cargo e o salário de promotor substituto e terá direito a foro privilegiado, não sendo levado a júri popular em Bertioga pelo crime.
O advogado de Schoedl, Ovídio Rocha Barros Sandoval, afirmou que o promotor comemorou a decisão "como se fosse uma parada". "Não se poderia jamais, em um processo administrativo, examinar questões criminais. Seria um absurdo", defendeu. Segundo ele, Thales volta a trabalhar em breve.
O outro defensor, Rodrigo Marzagão, voltou a afirmar que seu cliente agiu em legítima defesa. "Esperamos que o Órgão Especial do Tribunal de Justiça entenda desta maneira."
Integra completa aqui.
O promotor assassino le Veja.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Comentários sobre a entrevista do Lula
Nunca apoiei o Lula. Os motivos são justificáveis: eu era uma criança, o que meus pais (classe média da época) e os que freqüentavam minha casa falavam, eu aceitava e concordava. Chega uma idade que você tem acesso a opiniões divergentes da sua, uns escolhem simplesmente ir pela outra opinião, outros, talvez, por comodismo insistem e permanecem na mesma opinião, outros ficam fascinados em saber que o mundo não é apenas o que te mostravam, e você quer conhecer o motivo das ações e o mecanismo da coisa. Esse ultimo foi o que escolhi.
A entrevista com o Lula foi publicada no Estado de São Paulo de domingo. A moldura e os comentários da entrevista são péssimos, mas já era de se esperar.
O que me chamou atenção foi o nível dos comentários sobre a entrevista publicados na edição de hoje, o principal, claro, do FHC.
Problemas tão mais sérios acontecem nesse pais, que realmente merecem paginas de jornais circulando e um debate digno, são deixadas de lado para comentários infantis e inúteis. Me digam para que esses comentários servem, no grau que foram feitos! O povo do cansei e demais estão ficando bem preguiçosos de verdade!
E as criticas ao bolsa família desde a semana passada?
Fiquei um tempo fora, tanta coisa para escrever que me perco...
Não comento mais afundo, mas deixo registrado o que saiu no jornal hoje. Aproveito e publico um vídeo da playlist do Luiz Azenha do Youtube. Me recuso a comentar sobre o vídeo, apenas assistam, por favor.
Trecho retirado do site do Estadão:
"O tom arrogante não é apropriado para um presidente", disse. "Quanto ao resto (da entrevista), é aquele tom habitual, tudo que foi ruim, que aconteceu no governo, não sabia de nada, e tudo que é bom foi ele quem começou, mesmo que de outros", criticou. "É bazófia do presidente. Auto-elogios, ele começou tudo, isso ele repete muito."
* O curioso também é a reportagem da Folha sobre a excursão de Alckmin pelos bairros da periferia, indo na missa da igreja da região durante a manha (cada final de semana um bairro) e depois “interagindo sem pretensões políticas” com o povo da região.
Link da matéria aqui (apenas para assinantes).
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Prefira Santa Ifigenia do que X5.
No calor, meu computador desligava. Cismava em não funcionar por causa da temperatura, ele me dizia "to quente, to quente, vou queimar". Quando chovia, a internet não queria conectar, eu ficava olhando para a luzinha do modem com uma certa esperança de que ele funcionasse, ao menos por cinco minutos. E nada. Começou uma onde de frio em São Paulo... Dessa vez, o computador não me disse nada, mas também não quis funcionar direito. Fui me desiludindo.
Agora ele parou. Pifou. Morreu. Talvez minhas pragas tenham tido efeito. Enquanto não troco o HD queimado uso o pc do meu pai, que funciona de acordo com a idade do dono. É por isso que não tenho postado nem comentado em blogs amigos, mas continuo visitando regularmente...
Deixo aqui uma charge do Latuff, enviada pelo Andre Lux... ( falando em charges, perdi todos meus textos, charges e ilustrações que tinha - desculpe, mas, QUE MERDA!).
Abraços a todos os amigos...
Qualquer coisa: r.enato@uol.com.br , menos aqueles virus atuais que mexem com nossos sentimentos (De alguem que te ama muito/ Do seu grande amor). Será que eu não estava carente e cai nesse golpe e perdi meu computador? Vai saber!
domingo, 27 de maio de 2007
Mobilidade social? Apenas para eles.
Desde 3 de maio o enfoque das notícias mudaram. Na sua primeira semana, me corrijam os mais atentos se eu estiver errado, a invasão da USP era apenas uma noticia regional secundária, um balburdio qualquer que acabaria e cairia no esquecimento, para que dar importância?
Irem contra o governador, jamais, não daria o retorno suficiente para o show. Pensaram: “vamos dar trela, e na segunda semana, se nada acabar, jogaremos como mais uma manifestação”. Segunda semana, o enredo foi seguido.
Após, para não ficar tão maçante as cenas, levaremos ao “Zé povinho” a idéia de movimento de uma minoria sem motivos concretos, a não ser chamar atenção, coisa típica de adolescente revoltado vendo muito filme de baixo orçamento... ,eles pensaram. Agiram, e pensei estar já no fim do espetáculo mirabolante! Hoje vi que o roteiro fez sucesso, mas como a maioria das séries de sucesso quando extensa demais perde a graça e a originalidade. Assim espero que aconteça.
Abra o Estado de São Paulo da Serra, caderno Aliás, J5., artigo de José de Souza Martins, na qual a foto do coronel abraçando um dos lideres da revolta da USP está embaixo. Além da ilustração, atente a algumas partes do texto.
Um aluno de História levou a própria mãe para inspecionar o recinto em que o filho faz sua estréia como revolucionário (...). Verdadeiros escoteiros de esquerda.”
Continuação.
Roteiro de leitura: Veja, 30 de maio, página 62, artigo de Gustavo Ioschpe, economista (?).
Em destaque: “Se os estudantes uspianos não estão satisfeitos com as medidas implementadas pelos legítimos defensores do poder público, que dialoguem ou peçam transferência para escolas privadas.”
Se o posto de saúde não tem o remédio para a sua doença terminal, vá trabalhar e ganhar dinheiro para comprar na farmácia, VAGABUNDO! (como diria Kassab).
“Estão brincando com fogo” é o que alerta a reportagem. Destaque da matéria: “Com baderna (?) e reivindicações oportunistas, uma inexpressiva parcela dos 80.600 alunos da USP mancha a imagem da maior e melhor instituição de ensino do país”. Responsáveis pela reportagem: Álvaro Leme, Maria Paola de Salvo e Sandra Soares. A matéria não vale o tempo de ser reproduzida aqui, mas segue a mesma reivindicação da rádio CBN, que cobra medidas do governador para que imponha respeito nesses agitadores da forma que é necessária.
Não me julgue, se você leu e concordou com as palavras ditas por eles tudo bem. Eu concordaria até pouco tempo atrás também. Mas passei a observar melhor as situações, e aqui descrevo o meu ponto de vista. E não sou hipócrita, para ter essa minha opinião tive de ler (e reproduzi!) esses textos do qual sou contrário, porém deixo explicito minha opinião sem nenhuma ofensa pessoal ou idealista. Cada qual na sua, afinal um depende do outro. Eu dependo deles para discordar e vice-versa.
Porque ao invés de julgar erroneamente esse caso, os tais “jornalistas” não cobram do governo um ensino público melhor? Para que os adolescentes vindos da educação pública tenham as mesmas chances que os da rede privada? Ou será que o próximo artigo deles será impondo que não sirvam mais merendas nas escolas públicas, afinal, “o que essas crianças darão de retorno?”, ou a favor de deixar idosos morrendo na fila do SUS, “afinal, o que esses idosos darão de retorno para a população?” ou que “eles só querem remédio de graça!”.
Pergunto quem são os oportunistas da história...
sábado, 26 de maio de 2007
Os Remelentos e as Mafaldinhas ?
A tal escola era de um lado, do oposto ficava a municipal, para atender os filhos das domésticas da “tão distante” periferia que trabalhavam diariamente aqui na região.
O “bairro” foi projetado pelo tal grupo “city”, empresa estrangeira (não lembro da onde) que construiu bairros planejados em São Paulo, todos com a mesma característica geral e um detalhe especial para cada um, com referencias a uma cidade do mundo (no caso da minha, Toronto, com direito até a aquelas árvores do Canadá) e geralmente em formato circular, isolando o resto do bairro. No mapa, no registro, CEP e afins, a área toda é definida como cafundó do Judas, mas a estrutura do átomo é definida pela relação entre elétrons e prótons.
Nunca fui um aluno exemplar, não era deixado de lado na educação física, jogava bem futebol, mas como era gordo o cansaço me vencia. Nunca fui popular, mas era o engraçado. Passei por tudo e um pouco mais que os adolescentes caipiras-urbanos-alienados vivem.
Filho único, saia da escola, chegava em casa, almoçava com a minha mãe, pegava um pacote de bolacha e subia para o quarto. Assistia Chaves e Ra Tim Bum. Dizem que quando eu era mais novo eu gostava da Xuxa, vai saber. Até hoje afirmam coisas que não lembro que fiz, nem ao menos as de ontem.
Uma das minhas únicas e maiores companhias no pós escola era o meu avô espanholão, que me acompanhava na frente da televisão.
Não era uma vida diferente das que eu conhecia.
Não fui para ver mulher pelada todo dia ou ganhar dinheiro, fui para sair um pouco da dependência do meu pai.
Revirei minha vida, larguei a faculdade, o trampo, o trabalho com meu pai, o que praticamente me causou algo digno de “excomunhão” familiar. Troquei os costumes vazios que me faziam mal por um ano de estudos e me dediquei a um trabalho voluntário com crianças, que contarei mais adiante.
Decidi que serei jornalista. Hoje não tenho mais carrinho, madrugo as quatro da manhã e chego em casa meia noite, mas no lugar da vida pomposa eu ganhei respeito. :-)
O objetivo desse texto era político, acabou virando pessoal e intimo, na verdade, o ideal para um post de inicio.
Gostaria de mostrar minha opinião sobre a ocupação da USP.
Ia detalhar meu ódio contra a mídia golpista, ia defender os protestantes, ia contar sobre meu ponto de vista de um ex-alienado...